Você sabe como avaliar a qualidade da Radiografia do tórax?
O exame radiográfico do tórax é o exame mais pedido pelos médicos.
Não seria ótimo aprender a fazer essa avaliação de maneira segura?
Leia esse artigo até o final para aprender o que um profissional da radiologia deve saber.
Aprenda sobre técnica radiológica de maneira geral no artigo Qualidade da Imagem Radiográfica, Como Alcançar um Alto Nível
Radiografia do Tórax é um Exame de Fácil de Execução?
É importante esclarecer que a nossa avaliação será direcionada à qualidade da imagem, ou seja, patologias aqui não serão alvo na nossa análise.
O raio x de tórax, é um dos exames mais realizados nos hospitais, e não traz dificuldades ao profissional, a não ser quando o paciente não ajuda, mas, na maioria das vezes tudo transcorre normalmente sem nenhum problema.
Muitas vezes não observamos os padrões de qualidade para que o médico possa avaliar a qualidade da imagem na radiografia do tórax, por isso, é importante considerarmos 3 parâmetros.
A Rotação, a Inspiração e a Penetração, são os fatores que devemos avaliar para qualificar um exame radiográfico do tórax.
Rotação
A primeira ação para avaliar a qualidade da imagem na radiografia do tórax é a rotação.
É necessário sabermos em qual incidência foi realizado o exame ( PA ou AP). e qual foi o posicionamento do paciente (ortostático ou decúbito dorsal).
Sabendo que as radiografias foram realizadas com incidência PA e paciente em ortostático, temos essas três imagens.
Para avaliarmos a rotação, vamos usar como referência as extremidades esternais das clavículas e os processos espinhosos das vértebras torácicas.
Imagem 1
O exame 1, mostra uma imagem com pouquíssimas condições para uma avaliação correta.
A clavícula esquerda ultrapassa os processos espinhosos, ou seja, está bem longe do espaço entre as clavículas.
Falamos popularmente nos setores de radiologia que esse exame está totalmente rodado.
Imagem 2
No exame 2, podemos pensar que a imagem está sem rotação, mas se compararmos as extremidades esternais das clavículas com os processos espinhosos, podemos perceber que as distâncias entre os processos espinhosos e as clavículas são diferentes.
Note que a clavícula direita está mais próxima dos processos espinhosos do que a clavícula esquerda.
Por isso, temos a certeza de que esse pulmão está com um pouco de rotação, ou seja, “um pouco rodado”.
Imagem 3
No exame 3, os processos espinhosos passam entre as clavículas e suas distâncias são iguais, ou seja, os processos espinhosos estão centralizados entre as clavículas.
Essas informações nos dão a certeza de que a imagem desse pulmão está sem rotação, então, podemos dizer que “o pulmão não está rodado”
O fator determinante para fazer uma radiografia do tórax sem rotação é o posicionamento
O paciente deverá ficar em posição ereta com a porção anterior encostada na estativa, queixo levantado, mãos nos quadris com as palmas das mãos para fora e ombros para frente.
Inspiração
Outro fator não menos importante do que a rotação é a inspiração.
Nesse caso, para analisarmos se o pulmão está com uma inspiração satisfatória, temos como parâmetro os arcos costais ou costelas.
Imagem 1
Na imagem 1, que vemos acima, as costelas posteriores estão marcadas por números de 1 até 7, ou seja, podemos visualizar acima do diafragma, apenas 7 costelas, por isso constatamos que o pulmão número 1 está pouco inspirado.
Imagem 2
Na imagem número 2, podemos contar 10 costelas acima do diafragma, então podemos dizer que o pulmão 2 está bem inspirado.
Para obtermos a imagem do pulmão bem inspirado devemos explicar ao paciente a manobra respiratória que desejamos.
O protocolo de posicionamento do tórax nos diz que, depois do posicionamento correto, devemos fazer o disparo com o paciente em apnéia após a segunda inspiração.
Então, antes do disparo dos raios x teremos que pedir ao paciente que inspire profundamente, solte o ar, novamente inspire profundamente e pare de respirar, logo em seguida fazemos o disparo.
Uma radiografia de um pulmão bem inspirado pode demonstrar os brônquios com maior nitidez, detalhes, como pequenas opacidades e uma possível diferença de expansão entre os pulmões.
É importante também considerarmos as condições do paciente, pois em algumas vezes a pessoa não conseguirá fazer uma inspiração satisfatória, mas que seja feita da melhor maneira possível.
Penetração da Radiografia do Tórax
No fator Penetração podemos perceber que alguns detalhes podem ficar escondidos, seja numa radiografia muito clara ou muito escura.
Através das extremidades esternais das clavículas e dos processos espinhosos da coluna torácica, podemos avaliar se uma imagem está com pouca, com muita, ou com uma adequada penetração.
Imagem 1
Na imagem número 1 que estamos vendo acima, percebemos que a radiografia se mostra muito clara, mas, é muito fácil fazermos essa afirmação quando estamos comparando com as demais.
No caso de termos apenas uma radiografia nas mãos, teremos que observar essas regiões onde as setas apontam.
Para dizermos que a imagem está pouco penetrada devemos observar os processos espinhosos das vértebras se não estão visíveis entre as clavículas.
Se isso estiver acontecendo podemos dizer que a imagem está pouco penetrada.
Imagem 2
Na imagem número 2 podemos ver os processos espinhosos das vértebras ao longo de toda a coluna, até mesmo no início da coluna lombar, então, dizemos que essa é uma imagem de tórax muito penetrada.
Imagem 3
Já na imagem 3, os processos espinhosos aparecem somente até a região das clavículas e depois vemos apenas uma imagem pouco densa das vértebras, mas não os processos espinhosos.
Podemos dizer que a imagem número 3 está com uma penetração satisfatória.
O controle da penetração das radiografias são ajustadas na mesa de comando através dos fatores:
MAS como fator primário e KV como fator secundário.
Veja o vídeo A Maneira Mais Fácil de Aprender Tudo Sobre KV, MA e MAS, no canal Radiologia Profissional.
Radiografia Digital
Os setores que utilizam processamento computadorizado (CR) ou digital (DR), dispõem de recursos para corrigir a densidade das imagens através do janelamento, mas é claro, quando o erro for pequeno.
Em resumo, para obtermos uma imagem radiográfica do tórax de qualidade satisfatória temos que observar a rotação, a inspiração e a penetração.
Devemos levar em conta também o enquadramento, fazendo com que toda a estrutura fique visível.
Distância Foco Filme
A distância foco filme e a distância objeto filme, deve estar em conformidade com o protocolo de posicionamento pré-estabelecido para que a imagem não fique distorcida.
Artefatos
Não podemos também deixar de falar dos artefatos como correntinhas, piercings, brincos muito longos, sutiã, ou até mesmo detalhes nas roupas.
Devemos solicitar a retirada de tudo o que possa gerar artefato na imagem para que não atrapalhe a análise do exame.
Assista no canal Radiologia Profissional:
Pingback: Como Alcançar Um Alto Nível na Qualidade das Imagens Radiográficas
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